sexta-feira, 30 de março de 2012

Dentro da chuva


Dentro da chuva que não cessa
Chovem incontáveis alas...
Chovem sentimentos aquecidos pela pressa
De uma quimera repleta de desejos solares,
E que ardem, indolores, nos colares de uma canção antiga
Na voz de uma Marina,
Quem sabe um Caetano,
Talvez um Moska...

Dentro da chuva vertical vivem desejos oblíquos,
Cansados das festas paralelas de suas quedas.
Dentro da chuva vertical vivem outras chuvas
Curvas, horizontais, côncavas e convexas...
Dentro da chuva vivem chuvas de todas as cores,
Chuvas de todos os nomes,
Chuvas avessas.
Vivem sóis e estrelas alheios ao tempo.

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