segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Na roseira, na varanda, no corredor,
No parque , na garganta, no muro ao redor,
Nas cidades, nas estradas, no interior,
Nos oceanos, no raso, no profundo, no abissal,
No sal , no sol, na terra, na parede com vitral
Na madeira , nas igrejas, no andor

No ao redor,
No maior, no menor, no ínfimo.
No ritmo, na dança, na saia da bailarina
Na subida, na descida e na queda
No inverno, no verão, em todas as eras
Nas feras, nas belas e até no esplendor
Na planta do sertão, na flor do Igarapé,
No pé de carambola, na rosa do vendedor

Na arte, na verdade, em marte?
No tarde, no cedo, no medo
No jovem, no que já foi, no de mais idade
No frade, no gosto e na tatuagem
Na margem, mar, na pele do encantador
Nas idas, nas brigas, no rancor
Na ferida, na mentira, no que mais marcou

No querer e no não querer,
No não, no sim, no nó
No pó do pólen no vento, no tempo...
No mais, no menos, no emprestado
Nas poucas palavras, no verbo conjugado
No caso, no talho, no tosco e na cor do pudor.
Em mim, em ti, em mil
 no amor:

Casca, espinho e flor.

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